Pular para o conteúdo principal

"Livro impresso vai desaparecer em até 15 anos", diz cientista na ABL

Fonte: JB 
Por: Maria Luisa de Melo

A crescente expansão do mercado de livros digitais no Brasil  aliada à tendência de barateamento de tablets e demais computadores portáteis que permitem a leitura em qualquer lugar do mundo deve fazer com que os livros impressos desapareçam em até 15 anos. 
A previsão do cientista da computação Silvio Meira, especialista em tecnologia da informação e estudioso da área, assustou a plateia da Academia Brasileira de Letras durante o Seminário "O futuro do livro: papel ou chip?", realizado na noite da última quarta-feira (14). 
"Não há o que temer. Não há como o livro escapar a esta transformação, que se impõe como inevitável no mundo inteiro", afirmou Meira, ao defender o formato digital.
Pioneiro na venda de livros digitais no Brasil, Carlos Eduardo Ernanny, proprietário da editora  Gato Sabido (a primeira livraria digital do país) e da Xerife (primeira distribuidora de livros digitais no Brasil), alertou para a crescente participação do livro digital na economia mundial.
"Em apenas dois anos, os EUA tiveram um aumento de nove milhões de e-books vendidos em 2009 para 112 milhões em 2011. A participação das vendas de livros digitais no Brasil hoje é de 1,5%. No próximo ano o percentual deve chegar pelo menos a 5%", apontou Ernanny . 
A editora Companhia das Letras, por exemplo, teve 40% dos exemplares da biografia do Steve Jobs vendidos em formato digital. A grande possibilidade da Apple montar uma fábrica no Brasil também foi relembrada pelos participantes do seminário como um fator de colaboração com este novo cenário virtual. 

Necessidade de transformação
Silvio Meira apontou para a necessidade de se criar livros eletrônicos sem a linearidade dos livros impressos. "No computador, eu tenho que poder ler os fascículos separadamente. Não podemos ser obrigados a manter a mesma linearidade dos livros impressos. Ainda há muito o que ser aperfeiçoado, mas a transformação é inevitável. Uma outras questão que merece destaque é a de que resumos de livros muito longos podem vender mais do que os próprios livros, com o repasse de uma participação para os autores dos livros", sugeriu o cientista.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bethany Townsend, ex-modelo, expõe bolsa de colostomia de forma corajosa.

Bethany Townsend é uma ex-modelo inglesa que deseja, através de sua atitude, incentivar outras pessoas que sofrem do mesmo problema a não ter receio de se expor. Portadora de um problema que a atinge desde os três anos, Bethany faz uso das bolsas de colostomia  que são uma espécie de receptáculo externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais, e desejou mostrar publicamente sua condição.  Quero que outras pessoas não tenham vergonha de sua condição e é para isso que me expus , afirmou a ex-modelo. Bethany usa as bolsas desde 2010 e não há previsão para a remoção das mesmas.  Eu, pessoalmente, concordo com a atitude e respeito-a pela coragem e o exemplo que está dando. Não há outra opção para ela e isso irá forçá-la a viver escondida? Jamais... Veja o vídeo com o depoimento dela. Via BBC

Suzane Richthofen e a justiça cega

Por: Franz Lima .  Suzane von Richthofen é uma bactéria resistente e fatal. Suas ações foram assunto por meses, geraram documentários e programas de TV. A bela face mostrou ao mundo que o mal tem disfarces capazes de enganar e seduzir. Aos que possuem memória curta, basta dizer que ela arquitetou a morte dos pais, simulou pesar no velório, sempre com a intenção de herdar a fortuna dos pais, vítimas mortas durante o sono. Mas investigações provaram que ela, o namorado e o irmão deste foram os executores do casal indefeso. Condenados, eles foram postos na prisão. Fim? Não. No Brasil, não. Suzane recebeu a pena de reclusão em regime fechado. Mas, invariavelmente, a justiça tende a beneficiar o "bom comportamento" e outros itens atenuantes, levando a ré ao "merecido" regime semi-aberto. A verdade é que ela ficaria solta, livre para agir e viver. Uma pessoa que privou os próprios pais do direito à vida, uma assassina fria e cruel, estará convivendo conosco, c

Pioneiros e heróis do espaço: mortos em um balão

* Há exatamente 100 anos subir 7400 metros, num balão, era um feito memorável. Consagrados por isto, três franceses - Sivel, Crocé-Spinelli e Tassandier - resolveram tentar uma aventura ainda mais perigosa: ultrapassar os 8 mil metros de altitude. Uma temeridade, numa época em que não existiam os balões ou as máscaras de oxigênio e este elemento precioso era levado para o alto em bexigas de boi com bicos improvisados. Uma temeridade tão grande que dois dos pioneiros morreram. Com eles, desapareceu boa parte das técnicas de ascensão da época que só os dois conheciam. Texto de Jean Dalba Sivel No dia 20 de abril de 1875, mais ou menos 20 mil pessoas acompanhavam à sua última morada, no cemitério de Père-Lachaise, os despojos de Teodoro Sivel e de Eustáquio Crocé-Spinelli - os nomes, na época da produção do artigo, eram escritos em português para facilitar a leitura e "valorizar" nossa própria cultura. A grafia correta dos nomes é Théodore Sivel e Joseph Eustache Cr