Pular para o conteúdo principal

Cinema: avaliações sobre o filme "A Mulher de Preto"

Por uma década (2001-2011), Daniel Radcliffe ficou preso ao papel do bruxo Harry Potter. A única vez em que saiu do personagem, interpretado nos oito longas-metragens da cinessérie, foi no fraco drama “Um Verão para Toda Vida”, de 2007, quando já se portava como um pós-adolescente. O suspense de terror A Mulher de Preto apresenta, finalmente, seu momento da virada. Aos 22 anos, o ator inglês amadureceu e fez uma escolha acertada para mudar de tipo e, pelo menos por enquanto, dar adeus à fantasia e aos enredos infantojuvenis. 
Radcliffe, adulto e de novo visual (com costeletas e barba por fazer), vive Arthur Kipps, advogado viúvo e pai de um garotinho na Londres do início do século XX. Sua mulher morreu no parto e ele tem adoração pelo menino. Fica, portanto, desgostoso por deixar o filho para resolver pendências de um testamento num remoto vilarejo do litoral. Lá, depara com uma recepção nada hospitaleira. Os moradores não gostam do estranho e insistem para que ele parta logo dali. Relutante em abandonar o serviço, ele vai até a mansão onde morava a viúva que perdeu um filho em circunstâncias misteriosas — o corpo dele nunca foi encontrado. Outros casos de morte de crianças chegam aos ouvidos de Arthur. Durante as investigações sobre o passado dos donos do casarão, ele começa a ver vultos de uma mulher de preto. Seria algo real, uma ilusão ou um fantasma à espreita?
Produzido pela Hammer, “A Mulher de Preto” tem atrativos para reviver o boom da lendária produtora britânica de fitas de terror nas décadas de 50 e 60. Mesmo feito de sustos raros, o filme traz um bom clima de tensão e ambiência funérea. O desfecho também surpreende, embora a derradeira imagem aponte para algo espírita brega. E Radcliffe funciona? Empenhado e maduro, deixou, sim, Harry Potter para trás. Só o tempo dirá se ainda fará sucesso daqui em diante.

O filme foi avaliado como BOM pela Revista Veja Rio. Por Miguel Barbieri Jr.


O astro Daniel Radcliffe, protagonista dos filmes Harry Potter, estreia em seu primeiro longa-metragem após o término da saga cinematográfica do bruxo. Daniel encarna o personagem de Arthur Kipps, um jovem advogado londrino que viaja a uma pequena vila para tratar de assuntos relativos a um cliente recém falecido.
Ao chegar à abandonada mansão de Eel Marsh, Kipps descobre que o lugar guarda segredos obscuros, relacionados com seus prévios moradores e com todo o vilarejo - especialmente após vislumbrar a figura de uma mulher vestida de preto, que passeia pelos cômodos e pelos arredores da casa.

A mulher de preto  traz diversos dos clichês de filmes de suspense sobrenatural - a figura assustadora que só dá as caras (literalmente) no fim da história, o tema de um espírito do mal em busca de vingança, e o fato de sabermos com precisão os momentos de susto. Mas isso não torna, necessariamente, o filme menos interessante ou sua história menos assombrosa.
Radcliffe executa um bom trabalho como o marido entristecido pela morte de sua esposa e pai de um menino de três anos, a quem teve que deixar temporariamente por conta da demanda da mansão de Eel Marsh. É um pouco estranho assistir ao jovem ator ocupando tal papel, que poderia ter sido entregue a outro com mais idade, mas a impressão provavelmente se deve ao fato de estarmos acostumados a vê-lo no papel do bruxinho adolescente.
Baseado no livro de terror de Susan Hill com o mesmo nome, o filme foi produzido pela Hammer Film e dirigido por James Watkins, mais conhecido por seus trabalhos como roteirista, também de filmes de terror. 

O filme foi avaliado como BOM pelo Jornal do Brasil

Vejam mais imagens do filme...






Comentários

  1. Queria mtoooo ver esse filme no cinema. Mas agora só vou no cinema em abril e até lá acho que já saiu de cartaz >:

    ResponderExcluir
  2. Resta o bom e velho DVD ou o Blu-Ray, Priscilla. Mas o filme parece corresponder às expectativas. Também vou vê-lo em breve.

    ResponderExcluir
  3. o cara desse filme parece muito com aquele que fazia o harry potter

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Bethany Townsend, ex-modelo, expõe bolsa de colostomia de forma corajosa.

Bethany Townsend é uma ex-modelo inglesa que deseja, através de sua atitude, incentivar outras pessoas que sofrem do mesmo problema a não ter receio de se expor. Portadora de um problema que a atinge desde os três anos, Bethany faz uso das bolsas de colostomia  que são uma espécie de receptáculo externo conectado ao aparelho digestivo para recolher os dejetos corporais, e desejou mostrar publicamente sua condição.  Quero que outras pessoas não tenham vergonha de sua condição e é para isso que me expus , afirmou a ex-modelo. Bethany usa as bolsas desde 2010 e não há previsão para a remoção das mesmas.  Eu, pessoalmente, concordo com a atitude e respeito-a pela coragem e o exemplo que está dando. Não há outra opção para ela e isso irá forçá-la a viver escondida? Jamais... Veja o vídeo com o depoimento dela. Via BBC

Suzane Richthofen e a justiça cega

Por: Franz Lima .  Suzane von Richthofen é uma bactéria resistente e fatal. Suas ações foram assunto por meses, geraram documentários e programas de TV. A bela face mostrou ao mundo que o mal tem disfarces capazes de enganar e seduzir. Aos que possuem memória curta, basta dizer que ela arquitetou a morte dos pais, simulou pesar no velório, sempre com a intenção de herdar a fortuna dos pais, vítimas mortas durante o sono. Mas investigações provaram que ela, o namorado e o irmão deste foram os executores do casal indefeso. Condenados, eles foram postos na prisão. Fim? Não. No Brasil, não. Suzane recebeu a pena de reclusão em regime fechado. Mas, invariavelmente, a justiça tende a beneficiar o "bom comportamento" e outros itens atenuantes, levando a ré ao "merecido" regime semi-aberto. A verdade é que ela ficaria solta, livre para agir e viver. Uma pessoa que privou os próprios pais do direito à vida, uma assassina fria e cruel, estará convivendo conosco, c

Pioneiros e heróis do espaço: mortos em um balão

* Há exatamente 100 anos subir 7400 metros, num balão, era um feito memorável. Consagrados por isto, três franceses - Sivel, Crocé-Spinelli e Tassandier - resolveram tentar uma aventura ainda mais perigosa: ultrapassar os 8 mil metros de altitude. Uma temeridade, numa época em que não existiam os balões ou as máscaras de oxigênio e este elemento precioso era levado para o alto em bexigas de boi com bicos improvisados. Uma temeridade tão grande que dois dos pioneiros morreram. Com eles, desapareceu boa parte das técnicas de ascensão da época que só os dois conheciam. Texto de Jean Dalba Sivel No dia 20 de abril de 1875, mais ou menos 20 mil pessoas acompanhavam à sua última morada, no cemitério de Père-Lachaise, os despojos de Teodoro Sivel e de Eustáquio Crocé-Spinelli - os nomes, na época da produção do artigo, eram escritos em português para facilitar a leitura e "valorizar" nossa própria cultura. A grafia correta dos nomes é Théodore Sivel e Joseph Eustache Cr