Kay Ruane é uma incógnita. Suas pinturas são extremamente detalhadas e de um apuro digno de nota. Em sua maioria, as pinturas tem cores neutras ou absolutamente em preto e branco, porém com alguns detalhes coloridos responsáveis por destacar partes da obra. Atualmente a artista tem apresentado trabalhos onde a mulher retratada não mostra a face, o que cria um ar misterioso. Entretanto, no início de sua carreira, Kay mostrava a face das pessoas retratadas, já que a pintura não estava limitada a uma única mulher/modelo (pintou crianças, idosos, natureza morta, paisagens, etc).
Algumas das coisas mais interessantes que percebi nas obras, principalmente as atuais, é o aspecto nômade de mulher (cada pintura em um local diferente, sempre ao fundo da janela) e também uma visível solidão. Creio que as pinturas - é possível constatar isso no decorrer da carreira dela - refletem a ocasião e o estado de espírito da artista, comprovando que jamais conseguimos nos afastar daquilo que realmente somos e sentimos.
O que as imagens seguintes irão lhe mostrar é que um talento como esse não pode ficar restrito a uma região. E esse é meu papel no Apogeu: divulgar o que é bom.
É interessante perceber também como algumas pinturas passam uma tristeza enorme, enquanto outras parecem sustentadas em uma realidade à parte. Um tipo de alegria morna, não sei bem explicar.
ResponderExcluir