* Devo frisar, antes de qualquer coisa, que este texto foi escrito por mim sem quaisquer intenções de apelo junto ao público católico, fato que se evidencia por eu não ser seguidor de tal religião. Entretanto, cabe a mim como propagador de conteúdo, analisar e apontar os pontos positivos e negativos da visita do novo Papa ao nosso país, além de seus reflexos na Igreja e seus seguidores, além de outras religiões.
Questionado
sobre os problemas da Cúria em Roma, respondeu o Papa Francisco com sua
já conhecida simplicidade - que não significa falta de objetividade: "Faz mais barulho uma árvore que cai do que um bosque que cresce.". O Papa tem ciência dos problemas recentes no Vaticano e sabe quais são os pontos positivos lá existentes, mas também compreende que escândalos e conspirações sempre atrairão um público maior .
Essa passagem acima serve para ilustrar um pouco da calma e reflexão que são comuns no recentemente eleito novo Papa. Desde o início de seu pontificado este senhor tem demonstrado carisma e simplicidade extremas, qualidades que, honestamente, não víamos no seu antecessor. Críticas à parte, a gigantesca população mundial católica teve um presente que há muito não via: um líder capaz de congregar e acrescentar seguidores. Algo providencial, principalmente se levarmos em conta o verdadeiro 'êxodo' que ocorre já faz tempo no seio da Igreja Católica.
Mas, questionam alguns, quais os benefícios reais da presença do Papa no Brasil? Valeu a mobilização em prol do evento, sem contar com as despesas para custear essa Jornada? Sim, eu creio que cada centavo investido foi de grande valia. Os motivos para afirmar isso não são complexos.
Primeiramente, tivemos a comprovação de que a juventude não está fincada pela raiz nos estereótipos que muitos ainda associam à pouca idade. O que vimos não foram jovens drogados, rebeldes e baderneiros. Constatei que havia muita união entre os grupos (mesmo com as diferenças de culturas e línguas) e que a intenção pacífica era a força motriz dos peregrinos. Devemos atentar que, por muito menos, a cidade foi quebrada por vândalos amparados no anonimato. Creio que existiam grupos com tais intenções, porém a serenidade e a forma simples do Papa Francisco, incluindo as atitudes dos jovens, acabaram inibindo esse instinto de destruição de alguns grupos desprovidos da real vontade de mudar.
Depois, posso citar a força de vontade do Pontífice para estar próximo do povo. Como um verdadeiro líder, Francisco comprovou que o isolamento não é uma ferramenta condizente com alguém que se propõe pregar a igualdade e o respeito ao próximo. Aliás, como é possível amar ao próximo mantendo-se distante dele? Ciente disso, o Papa comprovou que o líder deve realmente estar atento e perto daqueles que ele lidera e serve como exemplo, principalmente no que diz respeito à religião que, quando mal usada, pode direcionar uma verdadeira legião para caminhos muito ruins.
No tocante aos gastos públicos envolvendo o evento - a Jornada Mundial da Juventude - isso teve retorno com turismo, vendas e outras atividades envolvendo os peregrinos. Shows, passeatas, protestos e outros eventos onde haja a concentração de um grande número de pessoas sempre irá acarretar em altas despesas logísticas, incluindo o policiamento e trânsito.
Mas a principal beneficiada com a presença de Francisco foi a própria igreja Católica. Tenho certeza que muitos fiéis abalados em suas crenças tiveram as forças renovadas. O carisma e a alegria diante dos seguidores trouxeram o ânimo e a simpatia necessários para que o êxodo - citado no início do texto - sofresse uma abrupta parada. Não vou questionar qualidades, porém é fato que o Papa anterior não colaborou muito para a permanência dos fiéis dentro do catolicismo.
Finalizando, as declarações sobre homossexualidade, tolerância e respeito ao próximo são indicadores fortes de que os caminhos antes traçados tendem a ser alterados. Lentamente, isso é fato, mas as mudanças estão chegando. Afinal, excluir alguém por conta de opção sexual, cor ou condição financeira é prática de quem se diz 'cristão'?
Ainda há muito pela frente para que possamos tecer uma opinião definitiva sobre o Papa Francisco. Muitos problemas cercam seu pontificado e o Vaticano. Muitos católicos ainda são classificados como 'não-praticantes' e, diga-se de passagem, não há como ser um verdadeiro cristão sem praticar o amor ao próximo. Escândalos irão despontar dentro da igreja, pois ela é composta por homens que, essencialmente, estão sujeitos aos erros. Todos esses problemas e outros mais fazem parte do legado de Bento XVI que Francisco assumiu, mas resta a esperança de uma abordagem diferente, de muito mais seriedade e compromisso com a reestruturação de uma instituição que é alicerce de milhões pelo mundo. Que todas as outras denominações religiosas façam uso desse exemplo e não permitam que a "pregação da prosperidade" sobreponha a "pregação da humildade e do amor ao semelhante".
Mas, questionam alguns, quais os benefícios reais da presença do Papa no Brasil? Valeu a mobilização em prol do evento, sem contar com as despesas para custear essa Jornada? Sim, eu creio que cada centavo investido foi de grande valia. Os motivos para afirmar isso não são complexos.
Primeiramente, tivemos a comprovação de que a juventude não está fincada pela raiz nos estereótipos que muitos ainda associam à pouca idade. O que vimos não foram jovens drogados, rebeldes e baderneiros. Constatei que havia muita união entre os grupos (mesmo com as diferenças de culturas e línguas) e que a intenção pacífica era a força motriz dos peregrinos. Devemos atentar que, por muito menos, a cidade foi quebrada por vândalos amparados no anonimato. Creio que existiam grupos com tais intenções, porém a serenidade e a forma simples do Papa Francisco, incluindo as atitudes dos jovens, acabaram inibindo esse instinto de destruição de alguns grupos desprovidos da real vontade de mudar.
Depois, posso citar a força de vontade do Pontífice para estar próximo do povo. Como um verdadeiro líder, Francisco comprovou que o isolamento não é uma ferramenta condizente com alguém que se propõe pregar a igualdade e o respeito ao próximo. Aliás, como é possível amar ao próximo mantendo-se distante dele? Ciente disso, o Papa comprovou que o líder deve realmente estar atento e perto daqueles que ele lidera e serve como exemplo, principalmente no que diz respeito à religião que, quando mal usada, pode direcionar uma verdadeira legião para caminhos muito ruins.
No tocante aos gastos públicos envolvendo o evento - a Jornada Mundial da Juventude - isso teve retorno com turismo, vendas e outras atividades envolvendo os peregrinos. Shows, passeatas, protestos e outros eventos onde haja a concentração de um grande número de pessoas sempre irá acarretar em altas despesas logísticas, incluindo o policiamento e trânsito.
Mas a principal beneficiada com a presença de Francisco foi a própria igreja Católica. Tenho certeza que muitos fiéis abalados em suas crenças tiveram as forças renovadas. O carisma e a alegria diante dos seguidores trouxeram o ânimo e a simpatia necessários para que o êxodo - citado no início do texto - sofresse uma abrupta parada. Não vou questionar qualidades, porém é fato que o Papa anterior não colaborou muito para a permanência dos fiéis dentro do catolicismo.
Finalizando, as declarações sobre homossexualidade, tolerância e respeito ao próximo são indicadores fortes de que os caminhos antes traçados tendem a ser alterados. Lentamente, isso é fato, mas as mudanças estão chegando. Afinal, excluir alguém por conta de opção sexual, cor ou condição financeira é prática de quem se diz 'cristão'?
Ainda há muito pela frente para que possamos tecer uma opinião definitiva sobre o Papa Francisco. Muitos problemas cercam seu pontificado e o Vaticano. Muitos católicos ainda são classificados como 'não-praticantes' e, diga-se de passagem, não há como ser um verdadeiro cristão sem praticar o amor ao próximo. Escândalos irão despontar dentro da igreja, pois ela é composta por homens que, essencialmente, estão sujeitos aos erros. Todos esses problemas e outros mais fazem parte do legado de Bento XVI que Francisco assumiu, mas resta a esperança de uma abordagem diferente, de muito mais seriedade e compromisso com a reestruturação de uma instituição que é alicerce de milhões pelo mundo. Que todas as outras denominações religiosas façam uso desse exemplo e não permitam que a "pregação da prosperidade" sobreponha a "pregação da humildade e do amor ao semelhante".
Não participei da JMJ por não ser da religião católica, mas sei o quanto foi importante para a Cidade do Rio de Janeiro e para o nosso País, pois Jesus disse que onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome, aí estará ele, no meio deles.(Mateus 18:20) Imagina o efeito disso diante de milhões de pessoas orando e desejando um mundo melhor? Sem contar que o carisma e a simplicidade do Papa com sua mensagem de amor e união, sem preconceitos, pode ajudar muitas pessoas a descobrirem-se melhores do que elas pensavam ser.
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