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Novos livros pela editora Companhia das Letras.



A maçã envenenada, de Michel Laub
Em 1993, o grupo norte-americano Nirvana fez uma única e célebre apresentação no estádio do Morumbi, em São Paulo. Um estudante de 18 anos, guitarrista de uma banda de rock e cumprindo o serviço militar em Porto Alegre, precisa decidir se foge do quartel — o que o levaria à prisão — para assistir ao show ao lado da primeira namorada. A escolha ganha ressonâncias inesperadas à luz de fatos das décadas seguintes. Um deles é o suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que chocou o mundo em 1994. Outro é o genocídio de Ruanda, iniciado quase ao mesmo tempo e aqui visto sob o ponto de vista de uma garota, Immaculée Ilibagiza, que escapou da morte ao passar 90 dias escondida num banheiro com outras sete mulheres.

Cidadania insurgente, de James Holston (Tradução de Claudio Carina)
Investigação etnográfica, ensaio histórico, análise sociológica, intervenção no debate político: diversas e enriquecedoras são as maneiras de ler Cidadania insurgente. Publicado originalmente nos EUA em 2008, este livro é o resultado de décadas de pesquisa sobre a cidadania brasileira e a luta por direitos como moradia e infraestrutura urbana na periferia de São Paulo. James Holston explica os processos formadores de nossa sociedade desde o período colonial até a atualidade, circunscrevendo sua aguda leitura em torno dos construtos jurídicos e práticas sociais responsáveis pela natureza ao mesmo tempo inclusiva e desigual de nossa cidadania. O autor de A cidadania modernista, clássico da crítica ao urbanismo utópico e excludente de Brasília, desmascara os mecanismos perpetuadores da desigualdade e da marginalização ao longo da violenta história social do Brasil.

Mínima lírica, de Paulo Henriques Britto
Esta edição reúne os dois títulos iniciais de um poeta que, ao longo de trinta anos de carreira, iria ostentar uma das trajetórias mais sólidas e brilhantes da lírica brasileira contemporânea. Para além da reflexão acerca da “música banal dos sentimentos” (como escreve nos versos de abertura do poema “Pour Élise”), as peças reunidas neste volume também dão conta de uma vasta gama de interesses do tradutor de, entre outros, Elizabeth Bishop e Wallace Stevens. A tradição literária, a poesia de língua inglesa e as tentativas do eu lírico de abarcar — de forma nada pretensiosa — as diversas esferas da experiência concreta estão entre os grandes momentos de um livro permeado de astúcia literária, humor e observação do cotidiano.

Manual do pequeno skatista cidadão, de Vinícius Patrial (Ilustrações de Jimmy Leroy)
O skate é o segundo esporte mais praticado no Brasil, com milhares de pistas espalhadas pelo país todo. Mas, apesar de toda essa fama, há muito pouco material sobre o skate no Brasil. Pensando nesse público, que adora se jogar nas pistas e precisa aprender a se proteger e a cair direito, a banda Pequeno Cidadão preparou um almanaque completo sobre o assunto, inspirado em uma canção do novo CD. Com informações aprovadas pela Confederação Brasileira de Skate, este manual é ideal para os que são apenas simpatizantes, para aqueles que começaram a arriscar um ollie e até para os praticantes mais experientes.

Tutu-Moringa: história que tataravó contou, de Elizabeth Rodrigues da Costa e Gabriela Romeu (Ilustrações de Marilda Castanha)
Os bichos-papões são tão assustadores quanto antigos. Com fama de feiosos e cruéis, rondam a noite infantil, assustando e roubando criancinhas, desde a Antiguidade. Na Grécia, por exemplo, os pequenos temiam ser raptados por uma velha feiíssima, a Strigalai. Já os romanos se apavoravam com a Caprimulgus, uma senhora que saía de noite para tirar leite da cabra e papar meninos e meninas. Aqui no Brasil, há vários papões: a cabra-cabriola, a cuca, o jurupari… — e os tutus, seres encantados que chegaram com os escravos africanos escravizados muito tempo atrás. Neste livro, Tataravó conta, para os netos vidrados e ao mesmo tempo apavorados, a história de Tutu-Moringa, aquele que morava numa moita no meio do mato e que, no final da tarde, saía à caça de crianças que imaginava serem seus filhinhos roubados pelos portugueses lá na África.

Editora Seguinte

Sombras vivas (Reckless, vol. 2), de Cornelia Funke (Tradução de Sonali Bertuol)
Mais uma vez no Mundo do Espelho, Jacob Reckless precisa se libertar de uma maldição que em poucos meses lhe custará a vida. Depois de tentar diferentes formas de magia, sua última opção é uma lendária balestra, arma capaz de dizimar exércitos, mas também de salvar aqueles que realmente precisam. Para encontrar esse objeto extraordinário, ele terá de viajar por Álbion, Lorena e Austrásia, enfrentar criaturas terríveis e competir com Nerron, um ser perigosíssimo que está decidido a derrotá-lo a qualquer custo e ser o primeiro a encontrar a balestra, para então se tornar o caçador de tesouros mais talentoso de todos. Jacob não tem tempo a perder. E se não fosse a presença de Fux, sua companheira de aventuras capaz de assumir tanto a forma humana quanto a figura de uma raposa, ele talvez não tivesse forças para encarar tantos obstáculos. Só assim, no limite entre a vida e a morte, ele conseguirá perceber que existem tesouros ainda mais preciosos que sua própria vida.

Editora Paralela

Um toque de vermelho (Renegade Angels, vol. 1), de Sylvia Day (Tradução de Alexandre Boide)
Adrian Mitchell não é um homem qualquer. Além de ser o mais sensual, elegante e charmoso dos seres, ele é também o grande líder de uma unidade de elite de Operações Especiais dos Serafins. Sua missão: controlar vampiros e licanos e manter todo o universo em ordem. No entanto, o seu encontro, depois de quase duzentos anos, com a alma da mulher que ama, no corpo da bela Lindsay, os leva a uma proibida — mas incontrolável — paixão que poderá colocar tudo a perder.

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