Uma recente notícia sobre vandalismo chocou o Japão e o mundo. Em vários distritos da cidade japonesa de Tóquio, vândalos destruíram exemplares do clássico 'O diário de Anne Frank', livro que relata os dias de claustro da menina Anne Frank que, infelizmente, não sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen.
Considerado um clássico por sua intensidade e pela abordagem tensa, dramática e triste das agruras que o nazismo trouxe, em especial à menina e sua família, 'O Diário' é uma obra obrigatória quando o assunto é a perseguição aos judeus pelo regime nazista.
A ação dos vândalos mostrou que a sombra de pensamentos arcaicos e preconceituosos ainda paira sobre a humanidade. Não se trata apenas da destruição de livros, mas do desrespeito aos que querem ter ciência sobre o que está relatado nas obras. Ninguém tem o direito de queimar livros, pois tal atitude sempre foi o primeiro pensamento de ditadores e dominadores que queriam apagar as culturas dominadas: eliminar a fonte de cultura - leia-se bibliotecas - dos povos.
Vejo muito mais que um ato de vandalismo na destruição dos livros. Vejo uma afronta ao pensamento livre e ao direito de expressão. Muitos tentaram censurar e tirar essa e outras obras de circulação, mas nunca sairão vitoriosos.
Uma prova disso foi o envio de um quantitativo suficiente de obras para suprir aquelas que foram atacadas nas bibliotecas dos ditritos. Os livros foram enviados para Tóquio através de uma iniciativa da embaixada israelense no Japão.
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