Por: Franz Lima
Já vi muitos personagens sombrios receberem uma abordagem equivocada. Alguns foram retratados com nuances de bondade, fato suficiente para afastar quem deseja ler algo mais sinistro. Em outros casos, mesmo mantida a essência maligna da personagem, não é possível crer na trama mal elaborada. Não é por ser uma história com sobrenatural ou medo que o absurdo terá sua vez.
Drácula, demônios, zumbis e outros elementos clássicos do cinema, quadrinhos e literatura já receberam várias versões caricatas, fúteis ou equivocadas. Esse era meu temor ao pegar a graphic novel " Motoqueiro Fantasma: estrada para a danação". Uma parcela desse temor se deveu aos péssimos filmes dele, outra a algumas histórias mais simples que já havia lido e, por fim, pelo próprio desconhecimento do autor e do desenhista.
O início da trama me remeteu ao saudoso Spawn. Calma, isso passou rápido. Na verdade, o que logo percebi é que Spawn é um conto de fadas diante de 'Estrada para a danação' história que não poupa o leitor de assassinatos, possessão, criaturas infernais e outras peculiaridades do universo do Motoqueiro. Na verdade, sequer as crianças são poupadas.
A trama não tem elementos inovadores em sua essência. Basicamente nos deparamos com o Motoqueiro aprisionado no inferno, onde diariamente ele busca a fuga - sem sucesso - e paga um alto preço por sua ousadia.
Paralelamente a isso, os leitores são apresentados a duas criaturas antagônicas: um anjo e um demônio. Aparentemente não há grandes inovações nesse previsível duelo de inimigos, mas uma visão mais próxima dos dois irá gerar dúvidas sobre quem é mal e quem é bom.
Algumas passagens tem ótimas doses de humor negro. Outras, entretanto, mostram o quanto é fácil transpor para os quadrinhos a malignidade de um universo tão vasto quanto o do Motoqueiro. Crianças, grávidas, velhos... nada é poupado do mal que assola essa trama. A violência atinge níveis consideráveis, até para quem está habituado com o padrão Quentin Tarantino de qualidade.
Outro ponto interessante está nas motivações dos personagens. Uns cumprem com seus deveres (como o anjo e o demônio), outros são postos inadvertidamente no caos (quase sempre isso é fatal) e há os que são coadjuvantes de um modo especial, como é o caso da secretária do empresário satanista.
A danação.
Outro ponto claro da narrativa é a danação de que trata o título. Johnny Blaze é condenado a vagar pelo inferno em busca de uma fuga. Mas ele jamais consegue e, por isso, seu tormento parece não ter fim. Fugir é a motivação de sua existência, mas o fim da história lhe dará uma nova motivação.
Arte e rock.
Recomendo a leitura dessa revista. Ela é um entretenimento ótimo e cumpre com aquilo que nós, leitores, esperamos de uma aventura do Motoqueiro Fantasma. Ação, violência, sangue em profusão e um homem amaldiçoado por um pacto são marcas dessa graphic novel.
Para terem uma idéia do quanto gostei, eu a recomendei ao Eduardo Spohr, já que a HQ tem na trama o eterno combate entre o bem e o mal, agora representados por Anjos e Demônios.
Claro que o Motoqueiro é o elemento que põe o equilíbrio dessa guerra em xeque.
As ilustrações são incríveis, lembrando bastante o Spawn de Todd McFarlane. Para degustar essa trama, nada melhor que um bom rock.
A trama não tem elementos inovadores em sua essência. Basicamente nos deparamos com o Motoqueiro aprisionado no inferno, onde diariamente ele busca a fuga - sem sucesso - e paga um alto preço por sua ousadia.
Paralelamente a isso, os leitores são apresentados a duas criaturas antagônicas: um anjo e um demônio. Aparentemente não há grandes inovações nesse previsível duelo de inimigos, mas uma visão mais próxima dos dois irá gerar dúvidas sobre quem é mal e quem é bom.
Algumas passagens tem ótimas doses de humor negro. Outras, entretanto, mostram o quanto é fácil transpor para os quadrinhos a malignidade de um universo tão vasto quanto o do Motoqueiro. Crianças, grávidas, velhos... nada é poupado do mal que assola essa trama. A violência atinge níveis consideráveis, até para quem está habituado com o padrão Quentin Tarantino de qualidade.
Outro ponto interessante está nas motivações dos personagens. Uns cumprem com seus deveres (como o anjo e o demônio), outros são postos inadvertidamente no caos (quase sempre isso é fatal) e há os que são coadjuvantes de um modo especial, como é o caso da secretária do empresário satanista.
A danação.
Outro ponto claro da narrativa é a danação de que trata o título. Johnny Blaze é condenado a vagar pelo inferno em busca de uma fuga. Mas ele jamais consegue e, por isso, seu tormento parece não ter fim. Fugir é a motivação de sua existência, mas o fim da história lhe dará uma nova motivação.
Arte e rock.
Recomendo a leitura dessa revista. Ela é um entretenimento ótimo e cumpre com aquilo que nós, leitores, esperamos de uma aventura do Motoqueiro Fantasma. Ação, violência, sangue em profusão e um homem amaldiçoado por um pacto são marcas dessa graphic novel.
Para terem uma idéia do quanto gostei, eu a recomendei ao Eduardo Spohr, já que a HQ tem na trama o eterno combate entre o bem e o mal, agora representados por Anjos e Demônios.
Claro que o Motoqueiro é o elemento que põe o equilíbrio dessa guerra em xeque.
As ilustrações são incríveis, lembrando bastante o Spawn de Todd McFarlane. Para degustar essa trama, nada melhor que um bom rock.
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