Entrevista do escritor José Roberto Vieira gentilmente cedida ao Apogeu do Abismo. O autor é uma das referências no steampunk nacional e um amigo virtual de longa data.
J.R. Vieira já foi citado por escritores consagrados, sua obra recebeu elogios no podcasts Ghostwriter, Papo na Estante, Cabuloso Cast, entre outros. Seus novos projetos, o que aguardam os leitores do universo do Baronato de Shoah, referências que o inspiraram... tudo isso e muito mais está aqui nessa aguardada entrevista. Sucesso ao escritor!
J.R., acompanho seu trabalho há algum tempo pelo twitter e outras mídias. Entretanto, não há muitas atualizações quanto ao Baronato de Shoah e suas demais empreitadas na literatura.
J.R. Vieira já foi citado por escritores consagrados, sua obra recebeu elogios no podcasts Ghostwriter, Papo na Estante, Cabuloso Cast, entre outros. Seus novos projetos, o que aguardam os leitores do universo do Baronato de Shoah, referências que o inspiraram... tudo isso e muito mais está aqui nessa aguardada entrevista. Sucesso ao escritor!
J.R., acompanho seu trabalho há algum tempo pelo twitter e outras mídias. Entretanto, não há muitas atualizações quanto ao Baronato de Shoah e suas demais empreitadas na literatura.
Assim sendo, questiono:
O Baronato tem previsão de novas publicações? Quantas?
Atualmente o Baronato possui mais uma publicação, o
terceiro livro, chamado “O Emissário do Leste” e que visa fechar a primeira
saga do mundo de Nordara.
Depois dele eu planejo escrever mais um livro neste
mundo, chamado Crônicas da Kabalah, que é um romance fix-up. A meu ver
há espaço para muitos e muitos livros neste universo, ainda.
Quais as mídias e livros que o inspiraram a
escrever o Baronato?
São muitas as mídias que me ajudaram a escrever o
Baronato. Minhas principais inspirações foram “A Casta dos Metabarões” de Alejandro Jodorowsky; “A Torre
Negra” de Stephen King e a série de jogos Final Fantasy (principalmente o 6).
Como um escritor desta nova
geração eu me mantenho em contato com várias mídias, me mantenho conectado,
gosto de mangás (como Full Methal Alchemist ou Trinity Blood), comics e graphic
novels de todos os tipos.
Há autores nacionais que lê? Eles
o influenciam?
Eu leio de tudo, desde bula de remédio até poesia
surrealista. Além das obras clássicas brasileiras, que eu adoro, também gosto
de acompanhar autores novos.
Na minha lista de leituras recorrente eu tenho
quase todos os autores da Draco, por onde publico minhas obras: Gerson
Lodi-Ribeiro, Carlos Orsi, Eduardo Kasse, Ana Merege, Kassia Monteiro, Karen
Alvares. Também já li algumas coisas da Roberta Splinder, que considero
excelente, do Enéias Tavares e muitos outros.
Agora que você me perguntou e parando para pensar,
percebo que nos últimos quatro anos tenho lido muito mais autores nacionais que
estrangeiros.
O Baronato irá ganhar uma versão quadrinizada ou
um R.P.G.?
Há a ideia de fazer uma quadrinização de O Baronato
de Shoah, no momento estou parado com este projeto devido aos estudos no
exterior. Na verdade eu perdi alguns prazos por que estava estudando para um
mestrado e as minhas anotações sumiram!
Um R.P.G de Nordara, o mundo de o Baronato de
Shoah, nunca foi descartado...
Você tem obras cujo tema é o terror?
Nunca me interessei em escrever histórias de terror,
mas eu também nunca li muitas delas.
Como está o mercado editorial canadense? Ele é aberto aos escritores brasileiros?
O mercado editorial canadense, diferente do brasileiro, é mais fechado a obras internacionais. É estranho pensar que um
país tão receptivo seja tão protecionista, mas acho que isso se deve a um fator
histórico: o Canadá, diferente do Brasil, nunca teve uma “literatura nacional”
até bem pouco tempo atrás. Eles não possuíam grandes clássicos do início do
século, só livros que eram trazidos do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Conforme o tempo passou e graças a grandes
investimentos do governo, o Canadá conseguiu criar seus clássicos e hoje eles
valorizam MUITO seu mercado interno.
Ir para uma livraria no Canadá hoje em dia é a
certeza de ver muitos livros canadenses nas prateleiras, talvez com tempo e
muita dedicação eu conseguisse ingressar no mercado, mas isto não é algo que eu
tenha procurado muito.
Por enquanto estou me focando mais no mercado
nacional, investindo aqui e tentando me fortalecer por aqui.
Qual sua visão sobre o Steampunk no Brasil?
O Steampunk no Brasil tem crescido bastante. Nós
éramos alguns grupos no eixo Rio-SP, mas nos últimos anos o movimento cresceu
bastante, com grupos por vários estados e cidades.
Hoje nós também temos mais romances do gênero, além
do Baronato temos o Le Chevalier de A.Z. Cordenonsi;
Brasiliana Steampunk, do Enéias Tavares; Homens e monstros, de Flávio Medeiros
Júnir. E, desculpe a ignorância, mas só conheço a Nikelen Witer (curiosamente,
Cordenonsi, Tavares e Witer são de Santa Maria!).
No entanto, eu
acredito que o Steampunk ainda pode crescer mais, tornando-se uma literatura e
um movimento cultural tão poderoso quanto Harry Potter ou Senhor dos Anéis.
Com o Baronato de
Shoah eu sempre tive em mente criar um universo steampunk fantástico, algo como
um Star Wars Retrofuturista!
Em sua opinião, os blogs são importantes para o
escritor ou podem também prejudicar?
Os blogs são extremamente importantes e foram eles
que mudaram a cara da literatura nos últimos anos no Brasil. Eu acredito que
sem eles e sem o incentivo dos blogs nós ainda estaríamos brigando por espaço
nas livrarias.
Blogs tornaram-se formadores de opinião, isto os
torna um dos focos referenciais dos adolescentes e jovens da atualidade.
Ao mesmo tempo os blogs e vlogs precisam ser mais
responsáveis, aprender a receber críticas e a trabalhar junto com os escritores
e as editoras.
Juntos podemos ser mais fortes!
Pretende lançar algo em parceria? Haverá livros
fora da temática steampunk?
Uma vez, em uma conversa muito informal, eu e o
Octavio Aragão conversamos a respeito de escrever em parceria; mas acabamos nos
perdendo no meio do caminho...
Sim, eu tenho livros fora da temática Steampunk.
Meu próximo projeto se chama “Hinos da Inssurreição” e fala de super heróis no
Brasil durante as manifestações de 2013-2014.
Claro, além deles eu tenho mais duas ideias, que
espero rascunhar em breve: A Ordem dos Dragões, que seria uma obra envolvendo
magia do Caos e teorias da conspiração; e Taenarum, a minha tentativa de escrever
uma “high fantasy”...
Um booktour é uma alternativa para divulgação da
obra de um escritor?
Acho que hoje em dia há formas mais fáceis de fazer
divulgação. A Draco, por exemplo, oferece livros gratuitos para seus parceiros
através de uma ação com a Amazon.
Eu não descarto nenhuma opção, claro. Quanto mais
divulgação, melhor.
Amigos, espero que essa entrevista tenha sido esclarecedora e, sobretudo, inspiradora. As obras de J.R. Vieira são de alto nível e merecem nosso prestígio. Acompanhem mais do autor nas redes sociais:
Facebook - José R. Vieira autor.
Twitter - Zero.
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